quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Porta a Porta


Não Tô

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

FRAGMENTOS DO BRASIL XIII - ANDERSON

O sonho do menino Anderson é jogar futebol. Neste momento verde da vida, Anderson não sonha em ficar milionário, em andar de carrão, em comprar apartamentos caros. Neste momento verde da vida, ainda menino, ele sonha em fazer grandes jogadas, em ouvir o úúúúúúhh da torcida, o uníssono tonitroante soundround de um cinema imaginário. Ele também sonha com a torcida gritando seu nome. Anderson Paulista. Mesmo se jogar em São Paulo, ele será Anderson Paulista. E hoje tem peneira no Palmeiras. Ele é são paulino até na alma. Mas oportunidade é oportunidade. Anderson sai da invasão para ir até a Água Branca. O céu da megalópole ainda está cinza. São os últimos rabos do inverno, que ainda teimam em ficar. O cheiro mesclado de produtos químicos com merda vem lá da Marginal. E ele vai descalço, levando apenas a emoção, o coração aos pulos, e Xuxa, que não vai poder entrar no Parque Antártica. Eles atravessam a Avenida Pompéia. Xuxa está acostumada aos automóveis, às buzinas. Ela orienta o menino sonhador.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Brasil - Negocios



Surrupiado do casseta

Compre já seu abadá II


Ressaca do carnaval com Jesus

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FRAGMENTOS DO BRASIL XII - FUD E IDO ALMOÇAM NO KILO ELEGANTE

Não é habitual, mas Fud e Ido, aqueles dois ex funcionários da Bundabras, empresa privatizada por FHC, se encontram na hora do almoço e Fud convida o amigo para irem ao Kilo Elegante, um "lugarzinho super jóia" que ele havia descoberto:


- Barato e bom. Comida caseira.

- Bora, então.

Chegando lá, o tal "lugarzinho" era um lugarzinho mesmo. E põe lugarzinho nisso. Pequeno e apertado, com mesas quase coladas. Ido já solta um comentário:

- Putaqueupariu, espero que pelo menos seja barato.

- E é. Fica frio. O rango é de primeira.

Depois de entrarem na fila (puta fila) para pegar a comida e pesar, os dois se ajeitam em uma mesa. Para abrir espaço e se sentar, Ido dá uma cotovelada sem querer em uma senhora que estava na mesa de trás:

- Desculpe.

A velha dá uma rosnada. O prato de Ido parecia uma montanha russa de arroz, feijão, salada de uma pancada de coisas e frango a passarinho. O prato custou 9,90. Fud faz uma cara de alegrinho:

- E aí?

- O frango a passarinho está um pouquinho seco (estava preto).

Um gordinho se levanta para ir embora e esbarra a bunda no prato do Ido.

- Cara, esse gordinho soltou uma bufa perto do meu prato.

- Nada. Qué isso. Come aí e não enche o saco, caralho. Por 9,90 você queria o que?

Na rua apertadinha passa um caminhão da Coca-Cola, que inunda o ambiente do Kilo Elegante com uma nuvem negra de Diesel.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As Aventuras de Adilson em Manaus - Final

Era uma bela manhã de quinta-feira. Adílson já tinha assistido o DVD de "Stallone Cobra" 27 vezes e estava começando a ver pela 28ª vez. Berinaldo chega na sala com uma xícara de café na mão.




- Adílson, porra, tu não cansa desse filme?

- Isso é clássico, mano! Isso é muito do caralho! Eu quase choro com essas falas. O Stalione é FODA!

- Tá. E como foi lá na Dona Vilmara?

- Uma merda. Ela é uma macumbeira de merda.

- Por quê?

- A mulher não sabe de nada. Tudo que eu perguntava ela não sabia. E ela tem uma empregada que me confundiu com vendedor de tapete. Ainda afogo aquela velha no diesel!

- Se você não gostou, paciência. O engraçado é que eu ligo pra lá e ninguém atende. Nem no celular a Vilmara tá atendendo. Que estranho...

- A vida é estranha, mano. Mas e aquele puteiro? Quando rola?

- Ah, era isso que eu ia falar contigo: a puta que tu vai amar chega hoje. As duas que eu quero traçar também. Hoje é o dia!

- Demorô. Que horas a gente sai?

- Pelas 10 da noite. Tá bom pra você?

- Show! Não aguento mais bater punheta.

- Então fechou.



Pelas 10 da noite Adílson já estava pronto. Ele vestia uma camiseta com propaganda de posto de gasolina, uma calça jeans surrada e sapatos sociais pretos. Berinaldo resolveu não criticar a roupa do primo e seguiu calado para a garagem. Adílson já foi entrando na Kombi da prefeitura. Berinaldo fica nervoso.



- Porra, na Kombi da prefeitura? Cara, tu é sem noção! Não quero ser preso contigo! Vai na Kombi que eu vou no meu carro, fala sério!

- Mimimimi! Deixa de chorar, frescote. Entra nessa porra.



A contragosto, Berinaldo entra na Kombi. Adílson acelera e sai pela rua na contramão.



Trinta minutos depois eles chegam no puteiro. A fachada do puteiro era bonita, lembrava até uma boate da moda. Um flanelinha se aproxima da Kombi.



- Aê, doutor, a Kombi vai ficar bem vigiada!



Adílson pega a cabeça do flanelinha e bate ela com toda força no capô de um carro que estava estacionado ao lado. O flanelinha cai no chão desmaiado.



- [Berinaldo] Porra, pra que você fez isso??

- Estou com tesão. Tô tenso. E só homem vigia carro meu.

- Ai, ai...



Berinaldo e Adílson entram no puteiro. Berinaldo cumprimenta uma morena de mini-saia e chama ela para conversar em um canto. Adílson senta na mesa vazia mais próxima e chama o garçom.



- [Adílson] Ô pinguim, chega aí!



O garçom se aproxima e vai limpando a mesa.



- O que vai ser, chefe?

- PITU. Traz logo a garrafa.

- PITU? O que é isso?

- Você não sabe o que é PITU? TU NÃO SABE O QUE É PITU, PORRA??

- É, não senhor! Me descul...

- [Batendo na mesa] Sai da minha frente, chupador de boto!



O garçom se afasta apressado. Logo em seguida chega Berinaldo acompanhado de uma baranga medonha.



- Adílson, essa é a Lucíola. Essa é a moça que eu te falei. É do jeito que você curte!



Lucíola era baixinha, gorda, tinha estrias negras nos seios e celulites por toda a perna. As pernas, por sinal, eram cobertas de longos pêlos oxigenados. Ela também tinha uma pequena e charmosa cicatriz cor de beterraba no queixo.



- [Berinaldo] Vou deixar você sozinho com ela. Vou ali que as minhas minas chegaram. Boa sorte, filhote!



Adílson pede para Lucíola se sentar e inicia um papo romântico.



- Tu é o meu tipo. Adoro celulite! Mas o que tu sabe fazer?

- Como assim?

- Na cama, porra! O que tu faz? Chupa? Engole? Libera o rabo?

- Faço tudo.

- Tudo o quê?

- Beijo na boca, dou o cu, chupo, engulo porra, lambo cu e faço fio-terra. Também gosto de dar tapa na cara e levar umas porradas.

- Só isso?

- Também gosto de falar putaria na orelha e arranhar as costas de quem me come. E arranhar com força!

- Só isso?

- Porra, tu queria mais o quê?!

- Isso é básico demais, filhota.

- Mas comigo é diferente. Eu faço de um jeito especial. Todo mundo q experimenta comigo acaba voltando.

- É?

- É!

- Tem quarto aqui nessa porra?

- Tem lá em cima.

- Bora nessa!



Adílson puxa Lucíola pelo pescoço e sobe as escadas. Antes de entrar no quarto, Adílson já estava sem camisa e desabotoando a calça.



- [Lucíola] Será que dava pra tirar a roupa no quarto?

- [Enfiando o dedo na bunda da moça] Aqui é raça!



Adílson entra no quarto e pula em cima de Lucíola para arrancar suas roupas. Ela o empurra na cama e faz cara feia.



- CALMA! Comigo é diferente. Tem que rolar um clima gostoso.

- Clima?



Lucíola liga o toca-cd. O som de Kenny G invade o ambiente. A baranga acende um incenso, tira a roupa e fica apenas de calcinha.



- [Adílson] Que som de viado é esse aí?

- É música romântica. Diga que me ama!

- Ah, porra...bora fuder logo.

- CALMA! Cal-ma! Agora vou fazer uma massagem. É a "massagem manauara". Você vai ficar relaxado e cheio de tesão. Vai falando algo romântico, vai...

- Quero comer seu cu.



Lucíola finge que não escutou e pega um pote de óleo. Ela pede para Adílson ficar de costas e joga uma boa quantidade de óleo nas costas dele.



- [Adílson] Que porra é essa agora?

- Óleo de cupuaçu. Relaxa, gato. Você é muito nervoso.

- Dá pra fazer essa massagem com sua buceta?

- Não! Agora respira fundo...



Lucíola sobre em cima das costa de Adílson e se senta de joelhos. Com os dedos ela pressiona atrás das orelhas do brucutu, enquanto os joelhos pressionam sua coluna.



- [Adílson] Caralho, essa porra tá doendo!

- Re-la-xa. Você vai ficar calminho.

- Calminho no teu rabo! Essa porra tá machucando. SAI DE CIMA, CARALHO!

- Mas você é nervosinho, hein?



Lucíola se levanta nervosa e abre o armário. Ela tira uma garrafa de Campari lá de dentro e se aproxima de Adílson. Ela joga Campari nos peitos e faz uma cara sensual.



- Gato, lambe a bebida no meu corpo, vai!

- Campari é bebida de puta. Nem pagando eu encosto a boca nisso aí.

- Então me faz outra coisa pra me esquentar.

- O quê?

- Me beija...



Adílson dá um tabefe em Lucíola e a joga na cama.



- [Adílson] Essa é a "massagem pernambucana". Curtiu?

- ...



Adílson pega o toca-cd e o joga contra a parede. O aparelho espatifa em vários pedaços.



- [Adílson] O único som que você vai ouvir é o couro da minha pica fazendo música.



Adílson pula na cama e rasga a calcinha de Lucíola com os dentes. Em seguida ele parte logo para a penetração. Vaginal, anal e tabefe. Anal, tabefe e vaginal. Anal, anal e tabefe. Tabefe, tabefe e tabefe. Anal e vaginal.



- [Lucíola] Ai, chega! CHEGA! NÃO AGUENTO MAIS LEVAR TAPA NA CARA!!! E MEU CU TÁ DOENDO!!!

- Já pediu arrego? Você não curtia tapa na cara, frescona?

- Frescona? Caralho, tem quase duas horas que você me come e não goza! E você só me dá porrada! CHEGA!!! AIII!!!!



Adílson se levanta e veste a roupa.



- [Adílson] Teu dinheiro tá naquela mesinha de canto. Só vou dar a metade. Inté.

- [Sem graça] Mas...



Adílson sai do puteiro pisando duro e se dirige para o Kombi. Ele sai do local cantando pneu e volta para casa de Berinaldo.



Na manhã seguinte, Berinaldo chega em casa cansado e nervoso. A porta estava arrombada, para variar. "Adílson! Adílson!", gritava Berinaldo. "Quié, caralho?", gritou Adílson do banheiro. Berinaldo se dirige para o banheiro, que estava trancado.



- PORRA, ADÍLSON! Por que você me deixou sozinho no puteiro?

- Aquela puta me encheu os bagos. Vazei de lá.

- E custava me avisar que você tava indo embora? Porra, tive que voltar de táxi!

- É a vida.



Adílson sai do banheiro segurando uma bolinha de papel higiênico. Berinaldo olha para seu primo e fica surpreso.



- Adílson, cadê teu bigode??

- Raspei.

- Nunca te vi sem bigode. O que deu em você pra você fazer isso?

- Enchi dessa cidade! Quero sair daqui e esquecer dessa merda toda. Vou deixar uma lembrança pra essa porra de lugar. Tô indo nessa.

- Você reclama demais, primo. O que tem nessa bola de papel?

- Meu bigode! Macumbeiras de merda, putas de merda, táxis de merda...tô vazando.

- Vai devolver a Kombi da prefeitura?

- Não. A gente se fala. Falous...e fibra nessa porra!



Adílson bota sua velha mochila jeans no ombro e entra na Kombi da prefeitura. Ao se dirigir para o aeroporto, joga a bolinha de papel higiênico (com seu bigode raspado dentro) no rio Amazonas. Ele larga a Kombi em um estacionamento e corre para pegar seu vôo.



No dia seguinte, a água do rio Amazonas começa a borbulhar. Na sequência, ondas de 15 metros vindas do rio castigam Manaus e cidades ribeirinhas. Em 20 minutos Manaus já estava alagada por um tsunami amazônico. Peixes pulavam da água semi-cozidos e corpos boiavam por toda parte. Cientistas de todo mundo tentavam entender esse misterioso fenômeno.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Compre logo o seu abadá!

Roubado do Treta

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

FRAGMENTOS DO BRASIL XI - XUXA

Quando Dedéu está dormindo, Anderson chama Xuxa para irem até o campinho de futebol da invasão. A pequena cachorrinha preta vai alegre, com um abanar de rabo que é um sorriso. Ela acha que seu verdadeiro dono é Anderson, e não Dedéu, aquele sujeito grande, que a chuta, às vezes, e que não lhe dá comida. Anderson reparte tudo com ela. Até as pequenas alegrias de uma vidinha pobre. Anderson corre, Xuxa corre. Anderson para, Xuxa para. Anderson sorri, Xuxa sorri. E ganha um pedacinho de pão, retirado do lanche de margarina barata que o menino roubou do barraco, antes de partir. Anderson chega no terreno ao lado do córrego, utilizado como campinho de futebol. É o Beira-Córrego. Os outros meninos protestam:


- Porra, meu, essa cachorra é uma bosta. Ela fica correndo atrás da bola.

Anderson sorri:

- E daí? Ela quer brincar também, ué.

Os outros meninos aceitam o argumento de Anderson. Xuxa é mais um. O pequeno campinho de terra podre se transforma em um imenso estádio imaginário, lotado de uma torcida fiel e construída com sonhos. O jogo começa. Anderson faz um grande lance. Dribla dois e chuta. A bola velha e desbotada bate no travessão, feito com galhos tortos de árvores secas. Um imaginário e tonitroante úúúúúúúúhhh se levanta na cabecinha sonhadora de todos os meninos. Xuxa abana o rabo:

- Au!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Livro brasileiro lista os 25 piores filmes de todos os tempos

Escritor Renzo Mora lança '25 filmes que podem arruinar a sua vida'. Longas com Tom Hanks, Dustin Hoffman e outros integram a seleção.
Ai vai a lista...


1. ‘A fogueira das vaidades’
(1990)
De Brian de Palma

 
Estrelado por Tom Hanks e Bruce Willis, essa adaptação da obra de Tom Wolfe conta a história de um milionário que é envolvido em um atropelamento e tem a vida destruída pela imprensa e pela Justiça. “Qualquer idiota pode fazer um filme ruim. Mas é preciso um gênio para pegar um dos livros mais interessantes dos anos 80 e um dos melhores atores de sua geração e fracassar retumbantemente”, diz o autor.
2. ‘Showgirls’

(1995)
De Paul Verhoeven

Depois do sucesso de “Instinto selvagem”, o diretor arriscou esse filme, que definiu como um “drama musical não-intelectualizado”. A protagonista Elizabeth Berkley embarcou na produção na esperança de ser transformada na próxima Sharon Stone, mas, segundo o autor, o resultado é uma combinação de “performances risíveis, um roteiro estapafúrdio e coreografias que remetem ao clima dos cassinos de Las Vegas, garantia de breguice, tudo isso com um delicioso tempero de pornografia”.
3. ‘Sinceramente teu’

(1955)

De Henry Blake


“Este é uma raridade, mas é obrigatório para quem gosta de filmes ruins”, afirma o autor do livro sobre esse longa-metragem, que conta a história de um pianista que começa a ficar surdo. Ele aprende a ler lábios e começa a tentar decifrar dramas de desconhecidos que ele observa de binóculos, do alto de sua cobertura. De acordo com escritor, o protagonista Liberace pode ser definido como “uma mistura de Rock Hudson e Miguel Falabella”.

4. ‘Howard o pato’

(1986)

De Willard Huyck



Inspirado em um personagem da Marvel, o filme mostra um pato que deixa seu planeta e chega à Terra, onde inicia um relacionamento com uma roqueira. “Com a benção de George Lucas, colocaram um anão dentro de uma patética fantasia de pato para uma das mais catastróficas empreitadas já capturadas por uma câmera”, conta o autor. O longa faz ainda uma homenagem ao Moonwalk de Michael Jackson, que na época era febre.

5. ‘Hudson Hawk – O falcão está à solta’

(1991)

De Michael Lehmann



Bruce Willis vinha de um grande sucesso, “Duro de matar”, e decidiu apostar nessa comédia de ação, em que vive um criminoso recém saído da prisão. Ele quer deixar seu passado para trás, mas é pressionado a aplicar mais um golpe. Na aventura, ele acaba se envolvendo até com uma freira que faz massagens sensuais. “Você se dá conta de que não há mais tempo para o filme reagir e se odeia por ter permitido que duas valiosas horas da sua vida tenham sido negligentemente jogadas na lixeira”, diz o autor.

6. ‘Ishtar’

(1987)

De Elaine May



Dustin Hoffman e Warren Beatty estão no elenco dessa comédia, que só inspira risos de constrangimento. Os dois vivem uma dupla de cantores nada talentosos que sai em turnê pelo Marrocos. “Dois atores difíceis, fora da sua praia habitual, jogados no deserto, com um roteiro de segunda e uma total falta de espontaneidade”, define o escritor.

7. ‘Duna’

(1984)

De David Lynch



O produtor Dino DeLaurentis se arriscou ao adaptar uma ficção quase infilmável de Frank Herbert e colocar o diretor de “Twin Peaks” e “Blue Velvet” para comandar a trama. O filme, descrito pelo autor como “confuso e escuro”, é ambientado em um universo em que três planetas entram em guerra por um elemento vital somente produzido no planeta Duna. “Nem os nerds fanáticos pelo livro se entusiasmararm com esse troço”, diz.

8. ‘Lambada, a dança proibida’

(1990)

De Greydon Clark



No musical, a miss EUA 1985 Laura Herring interpreta uma princesa amazônica que luta pela preservação da floresta e vai a Los Angeles participar de um concurso de dança para chamar atenção da comunidade internacional para a causa. Na trama, ela é brasileira e não consegue parar de requebrar, mesmo depois de a lambada ser proibida no Brasil por ser “quente demais”.


9. ‘Cleópatra’

(1963)
De Joseph L. Mankiewicz


Essa superprodução, que quase levou a 20th Century Fox à falência na época, trouxe Elizabeth Taylor como a rainha egípcia que seduziu Marco Antônio e Júlio César. Segundo o autor, “com a grana gasta em cenários, roupas, adereços e locações seria possível comprar o Egito de verdade em vez de reconstruí-lo em estúdio” e o resultado é tão chato que “torna o suicídio da protagonista totalmente compreensível, afinal, os espectadores pensam em fazer a mesma coisa depois da terceira hora”.
10. ‘Contato de risco’
(2003)

De Martin Brest


Ben Affleck vive um criminoso barato que arma o sequestro do irmão de um advogado que atua contra seu chefe. Jennifer Lopez surge na trama como a bandida lésbica Ricky, por quem o protagonista se apaixona. O diretor, que assinou sucessos como “Cheiro de mulher” e “Um tira da pesada”, fez uma colcha de retalhos com ideias já usadas em outros filmes, comom “Rain man” e “Procura-se Amy”
11. ‘Mulher gato’ (2004)
12. ‘Serpentes à bordo’ (2006)
13. ‘Batman e Robin’ (1997)
14. ‘Casseta & Planeta – A taça do mundo é nossa’ (2003)
15. ‘Cinderela baiana’ (1998)
16. ‘Jesus Cristo, caçador de vampiros’ (2001)
17. ‘Jesus Zumbi!’(2007)
18. ‘Manos, as mãos do destino’ (1966)
19. ‘Beto Rockefeller’ (1970)
20. ‘Glen ou Glenda’ (1953)
21. ‘Plano 9 do Espaço Sideral’ (1959)
22. ‘O cérebro que não queria morrer’ (1962)

23. ‘A reconquista’ (2000)
24. ‘Papai Noel conquista os marcianos’ (1964)
25. ‘Salve-se quem puder’ (2007)
Surrupiado do G1

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As Aventuras de Adilson em Manaus parte 03



Já eram 18:40. Adílson chega na casa de Berinaldo dirigindo a Kombi da prefeitura e, logo atrás dele, um caminhão guincho carregava o Ômega vinho de Berinaldo. Adílson vestia um terno caro e estava com as mãos esfoladas. Berinaldo sai de casa e se espanta com a cena.
- Já chegou?

- É. Taí a porra do seu carro.

- Tá. Mas...onde você achou esse terno? Você não saiu daqui pelado?

- Não interessa.



O motorista do caminhão guincho se aproxima de Adílson.



- E o pagamento, chefe?

- Depois gente acerta. Tu tá me devendo aquela parada. Se vacilar, o pau come.

- [Arregalando os olhos] Tá beleza...



O motorista entra no caminhão e vai embora. Berinaldo continua a conversa:



- Adílson, você vai mesmo continuar dirigindo essa Kombi? É da prefeitura, porra!

- Vô. É grande, cabe muita gente e sempre sonhei em ter uma Kombi. Sonho de menino. Só faltou ser movida a diesel. Adoro diesel!

- E que rolo você fez com o motorista do caminhão?

- Não interessa.



Berinaldo se aproxima do Ômega e verifica se o carro está em boas condições. Aparentemente o carro estava inteiro, mas ele viu algo estranho no banco traseiro.



- Adílson...bicho, o que esse tapete enrolado tá fazendo no meu banco traseiro?

- [Tirando o tapete e levando para a Kombi] Não interessa.

- Tá nervosinho, é?

- Não, tô calmo. Mas aí, teu carro tá inteirão. Agora vê se não me enche o saco até o fim da semana! Aproveita e me passa o endereço daquela macumbeira que você vai. Quero bater um lero com ela.

- Você vai agora?

- É.

- Tem que marcar antes.

- Quem marca visita é mulher em cabelereiro. Sou homem. Passa o endereço dessa porra.

- Caralho...Me passa um papel. Você não vai decorar de cabeça.

- [Pegando papel e caneta na Kombi] Taí.

- [Anotando o endereço] E o que você vai fazer na Dona Vilmara?

- [Olhar furioso] ...

- Tá, "não interessa". Tá bom...

- Tô indo. Fica na miúda.



Adílson entra na Kombi e acelera pela rua cantando pneu.



Três horas mais tarde Adílson chega no terreiro de Dona Vilmara. Era uma casa simples, localizada num bairro pobre. Adílson estava nervoso, pois o endereço era complicado de achar e ele demorou um bocado para chegar até ali. Com o tapete enrolado nos ombros, Adílson entra na casa abrindo a porta com um chute. Ele dá de cara com uma pequena sala de estar, onde várias pessoas aguardavam para serem atendidas por Dona Vilmara.



- [Adílson] AQUI É A CASA DA DONA VALMEIRE?



As pessoas, assustadas, ficam em silêncio. Um senhora de idade bem magrela se aproxima.



- Por favor, fale baixo! Isso aqui é uma casa de santo e a Dona Vilmara está atendendo uma pessoa. Será que você pode esperar? E ninguém aqui quer comprar tapete!

- Não tô vendendo, porra. Onde ela atende?

- Naquela salinha ali. Agora se o senhor puder esperar a gente agradece.

- Diz que é urgente. Fala que sou primo do Berinaldo.



Adílson se senta em uma cadeira de plástico e larga o tapete no chão. As pessoas olhavam pra ele sem entender nada. Duas pessoas ficam com medo e vão embora.



Uns 50 minutos se passam. A senhora magrela chama Adílson para falar com Dona Vilmara. Adílson se levanta e bota o tapete no ombro.



- [Senhora magrela] Olha, a Vilmara disse que vai te atender porque você falou que era urgente. Ela só atende com hora marcada e...

- Me chupa. E vendedor de tapete é o puto do teu pai!



A senhora magrela emudece. Adílson entra na salinha de Dona Vilmara e larga o tapete no chão.



- E aí, Dona Valneide?

- Meu nome é VILMARA. Dona Vilmara.

- Ah, tudo nome de puta! Mas bora ao que interessa.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É? VOCÊ SABE QUEM EU SOU?

- Desce do salto, madame! Peraí...



Adílson se agacha e desenrola o tapete. Ao desenrolá-lo aparece o corpo de uma garota semi-nua com o pescoço quebrado. A garota estava toda roxa.



- Valdira, tive um problema com essa moça ontem. Ela apareceu na minha casa de repente e me assustou. Dei um tapa e ela desmaiou. Mocinha fraca, né?

- [Olho arregalado] Meu filho, essa moça tá morta!

- Que mané morta! Ela só desmaiou. Olha só.



Adílson tira um pêlo do bigode e joga no corpo da garota. Ela treme por uns instantes, começa a babar e depois fica imóvel novamente.



- [Vilmara] O QUE VOCÊ FEZ?!

- Joga o búzio que você vai descobrir. Meu bigode é iluminado.

- [ Jogando os búzios] NÃO É POSSÍVEL! EU NUNCA VI ISSO! EM UM BIGODE?!?

- É. Mas meu bigode não tem força pra acordar a menina. Faz aí qualquer coisa que eu te pago.

- [Olhando para os búzios] Meu filho, v-você...você é uma força ruim!!! Você nem devia pisar no meu terreiro! E...VOCÊ MATOU ESSA MENINA! O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA?

- Sei lá, porra! Deixa de drama e chama uma entidade aê pra levantar a menina. Ela só precisa de um empurrão e tá zerada! Chama qualquer uma.

- Você tá louco?

- Vai fazer ou não vai?

- NÃO TEM COMO! ELA TÁ MORTA! NENHUMA ENTIDADE VAI LEVANTAR UM DEFUNTO!

- Saco. Tá, eu resolvo sozinho isso aqui.

- Vou ligar pra polícia!

- Nem tenta. Mas aí, antes de eu vazar, me faz outro favor.



Adílson tira um volante da loteria e uma caneta.



- Joga os búzios aí e me diz quais números vão cair na Loto. Se eu ganhar eu racho o prêmio contigo.

- Meu filho, você tá me gozando? Não é assim que funciona o búzio! Você tá desrespeitando uma casa de santo, sabia? Nem o caboclo do seu bigode vai te proteger dessa sua grosseria! SAIA DAQUI!

- Porra, mas que casa de santo mais chulé. Tomá no cu...

- SAIA JÁ DAQUI OU EU CHAMO A POLÍCIA!

- Vai chamar porra nenhuma.



Adílson tira um pêlo branco do bigode, dá uma lambida e o joga em cima dos búzios. Os santinhos que estavam em volta começam a pegar fogo. Os búzios saltam fora da mesa como pipoca. A água que estava em um copo começa a ferver. As paredes racham. Adílson enrola a garota no tapete e o coloca nos ombros.



- Dona Valdirene, agora você conversa com ele. Se vira aí. Inté.

- [Com as mãos na cabeça] MEU DEUS! MEU DEUS!!!



Adílson sai calmamente da salinha. A senhora magrela o segura pelo braço.



- O que aconteceu lá dentro? Eu ouvi a Dona Vilmara gritar!

- Aconteceu nada. Olha, eu tô achando esse tapete da sala meio detonado. Quer esse de presente?

- Bom, é...

- [Soltando o tapete no chão] Toma aí! É de vocês. Espera pra desenrolar amanhã. Falou.



Adílson bota a mão no bolso e tira seus cartões xerocados. Ele sai distribuindo para os presentes.



- Rapeize, vendo Maguila Grill e instalo em casa! Também arrumo parte elétrica, lavo sofá e mais um monte de coisa. Guardem meu cartão. Qualquer coisa é só me ligar.



Adílson sai do terreiro e entra na Kombi da prefeitura. De longe dava para ouvir os gritos de Dona Vilmara. Várias pessoas saíam desesperadas do terreiro e corriam pela rua gritando. Adílson liga a Kombi e acelera pela pista.



Continua...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

As aventuras de Adílson em Manaus parte 02


Adílson chega na casa de seu primo com os olhos vermelhos. Parecia emocionado.

- [Adílson] Cara, olha só o que eu achei vendendo ali na venda da esquina.
- O que foi?

Adílson mostra um DVD de "Stallone Cobra".

- [Adílson] Berinaldo, esse é o filme da minha vida, PORRA! Eu lembro que vi esse filme no cinema umas 15 vezes. Chupei vários peitinhos vendo esse filme. Porra, bons tempos aqueles!
- Você tem certeza que acha esse filme essa coisa toda?
- CLARO! Isso é aqui é o melhor filme do Stalione! Tinha que ganhar um Grêmy! É de emocionar qualquer um! Bota logo aí pra gente ver.
- A gente? Não quero ver essa merda.
- Vai ver sim! Se tu não gostou é porque você não entendeu o filme. Tu não sabe o que é cinema! Bota aê!
- Não entendi essa merda? Tá bom...

Berinaldo, entediado, assiste o filme junto com Adílson. No fim, Adílson estava quase chorando.

- [Adílson] Cara, esse filme é foda! FODA! Isso que é filme de homem!
- [Entediado] Tá legal. Mas aí, vou dar uma saída com uma galera minha. Quer ir junto?
- E aquele puteiro novo que você ia me levar?
- Fica pra semana que vem. As novatas chegam só na próxima semana e tem uma que você vai amar. Mas tu quer sair com minha galera?
- Tem mulher no meio?
- Não. Mas a gente vai descolar um forró pra ir. Quer ir?
- Só homem no carro? Isso é coisa de viado. Vou sair sozinho. Me libera teu carro aí.
- Promete que não vai beber dessa vez?
- Não prometo nada. Mas se eu fizer merda, eu pago o estrago. Aqui ó, estou cheio de dinheiro [mostra R$200,00 na carteira].
- Hum, 200 paus na carteira? O que você anda fazendo?
- Vendendo Maguilla Grill e lavando sofá. Vou ficar rico com isso, rapá! Esse grill tá vendendo mais que porra de cavalo! Aliás, pega uns cartão meu aqui e distribui pros teus amigos. Vai ver alguém quer um.
- Tá. Bom, vou me arrumar.

Berinaldo demora 15 minutos para tomar banho e se vestir. Quando ele chega na sala, Adílson também está pronto para sair. Adílson usa uma camiseta regata surrada, uma calça de skatista largona (cheia de zíperes e bolsos) e sapatos sociais pretos com meias brancas. Berinaldo vê aquela roupa e coça a cabeça.

- [Berinaldo] Bicho, tu vai sair mesmo com essa roupa?
- Vô. Por quê?
- Pô, tá meio nada a ver, né?

Adílson pula no pescoço no primo e dá uma gravata.

- [Adílson] COMO ASSIM NADA A VER? TÁ ME CHAMANDO DE VIADO?
- [Se engasgando] N-não! A roupa tá é feia pra caralho! Parece roupa de pião! SÓ ISSO!
- [Soltando a gravata] Pião? É, menos mal. Mas aí, me passa logo a chave do teu carro.
- Ai...tá ali na sala.

Adílson pega a chave e entra no Ômega vinho 96 de Berinaldo. Ele arranca com o carro e quase atropela um grupo de moleques que brincava na rua. Uns vinte minutos depois, Berinaldo sai com seus amigos e parte para um forró próximo.

São 6:15 da manhã.

Berinaldo chega em casa cansado da farra. Para seu espanto, o portão da garagem estava arrebentado. Na garagem ele via uma Kombi branca com o escrito "Prefeitura de Manaus" na lateral. Havia um cone de trânsito preso embaixo do veículo. "Mas que caralho é esse?", pensa Berinaldo. Chegando na porta de casa, a fechadura estava arrombada. "Merda, foi aquele imbecil do Adílson!", pensa Berinaldo furioso. Ao entrar em casa, ele vê as roupas de Adílson espalhadas pela sala e uma calcinha com o fundo amarelado em cima da TV. Antes de esboçar qualquer reação, Berinaldo escuta gritos vindos do seu quarto. "QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ?". Berinaldo corre para seu quarto como um raio. Ao chegar lá ele vê Adílson pelado, mas com os sapatos pretos calçados. Adílson estava com os olhos vermelhos, alguns cortes pelo rosto e as mãos esfoladas. Ele dava várias joelhadas na buceta de uma garota semi-nua.

- [Adílson, olhando para a garota] QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ?
- [Garota] VOCÊ QUE ME TROUXE AQUI, PORRA!! AI! AIIIIIII!!!!
- [Berinaldo] Adílson, que porra é essa? LARGA A GAROTA AÍ!
- [Adílson, dando joelhadas na garota] QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ?
- [Garota] CARALHO, VOCÊ BEBEU 3 GARRAFAS DAQUELA MERDA DE BEBIBA E ME TROUXE PRA CÁ! SE NÃO TIVESSE BEBIDO VOCÊ LEMBRAVA, VIADO!!! AIIIII!!!
- BEBIDA DE MERDA?P??? PITU É BEBIDA DE MERDA???

Adílson pega a cabeça da garota e gira ela toda para trás. Ouve-se um estalo forte e a garota cai no chão revirando os olhos. Berinaldo entra em pânico.

- MERMÃO, O QUE VOCÊ FEZ??
- Ela falou mal da bebida sagrada. Dei uma corretiva nessa puta.
- MEU DEUS!!! MEU DEUS!!!
- É fibra!

São 9:20 da manhã. Berinaldo e Adílson estão sentados na sala. Adílson continuava pelado e com os sapatos calçados. A garota, desfalecida, estava encostada na mesinha de centro. Sua calcinha de fundo amarelado cobria seus seios.

- [Berinaldo, respirando fundo] Bom...bora devagar: cadê o meu carro?
- Que carro?
- Meu Ômega, porra!
- Sei lá. Fica com o Kombão aê. Cabe mais gente.
- Você acha que eu vou sair por aí com a Kombi da prefeitura? Tá maluco? E para onde você saiu?
- Sei lá. Fui andando por aí. Acho que parei num buteco na Compensa.
- Puta que pariu! E como é que você trocou meu carro por essa Kombi? E como essa menina veio parar aqui?
- Sei lá. Bebi um pouquinho de PITU no buteco e de repente eu já acordei aqui com essa piranha chupando minhas bolas. Não me lembro como ela apareceu aqui e desci o braço. Mas, porra, como tu reclama com besteira!
- RECLAMO COM BESTEIRA? Você matou essa mina!
- Ela não morreu. Ela tá de boa.
- Ela tá ficando roxa!
- Impressão tua.
- Cara, tu matou essa mina!!!
- Cala a boca, fresco. Ela só desmaiou. Mas deixa eu arrumar essa budega.

Adílson se levanta e bota a garota nos ombros. O pescoço da menina balança para a direita e se ouve um estalo parecido com um galho quebrando. Adílson entra na Kombi e joga a garota no banco traseiro.

- [Berinaldo] Você vai sair pelado?
- Na raça. Vou trazer de volta aquela merda do seu carro. Tu parece uma moça reclamando...
- E o que você vai fazer com essa mulher?
- Não interessa. Volto antes do almoço. Fibra nessa porra!

Adílson arranca de ré com a Kombi da prefeitura e segue na rua pela contramão.


Continua...

Por Bigotron

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Play Boy Carol Castro




FRAGMENTOS DO BRASIL X - MEIRE, A SEXY

Não julguem mal a Meire. Antes de perversa, ou adúltera, para usar o termo antigo e pesado, ela também tem lá o seu quinhão de vitima, coitada, nessa soap opera de araque que é a vida do Ido. Ele é caprichoso e teimoso, e paciência sempre tem limites. A da Meire estourou. Bom, se a Meire perde em graça para Doralice, ganha em sensualidade. O rosto, se não é bonito, não é feio, e com algumas pinceladas de maquiagem, não perde para nenhuma outra. Mas o que lhe dá o poder de matadora é o corpo fantástico e a sua personalidade. As pernas bem torneadas, os seios de maravilhoso tamanho médio e os cabelos sempre bem cuidados, tudo aliado ao sorriso saboroso, à postura avançada, às roupas mais ousadas e à tonalidade da voz (tipo Iris Lettieri) dão a ela um perigoso aspecto de femme fatale. Alguns anos atrás, em uma festa de Natal no clube da Bundabras, depois do bingo do frango, ela surgiu como a Mamãe Noel. Nossa. Sucesso total. Ido vangloriava-se:
- Isso é que é mulher.
Esclareça-se que foi fiel ao Ido durante muitos anos, diria-se mesmo que a maior parte do casamento. Nos últimos tempos, porém, depois que o Ido fez a demissão volutária da Bundabras e ficou sem o emprego, Jesuis, minha Nossa Senhora da Penha. Aí começou. Era carteiro, dentista, médico, atendente de loja de shopping e o que mais pintasse em suas tardes de chá. Uma loucura. Enquanto Ido procurava emprego, ela saía por aí. Depois que ele deixou a Bundabras e ficou duro, chegava em casa e, no lugar do sexo e do carinho:
- Arrumou trabalho, seu vagabundo?
- Não. Quem vai querer um quarentão com cara de bagre?
- Se vira. Você tem filho pra sustentar.
Ido ficava em silêncio, como a puxar alguma esperança incerta, de algum lugar incerto. Meire continuava:
- Montar brechó com sebo. Só você, mesmo, seu infeliz idiota. E ainda por cima levou tudo pro saco, brechó, sebo, dinheiro, enfiou tudo no nariz. Bobear ainda deu uma parte para aquele seu amigo pinguço beber.
E repetia, em bom som:
- Idiota, infeliz, incompetente. Eu vou embora. Chega.
E foi mesmo. E levou as crianças. Ido ficou só. Ido ficou com Fud. Ido só toma Xereca Pilsen com salame.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Jesus e suas faces

Jesus na Russia...



Jesus no Brasil...



Isso é Globalização